setembro 18, 2012

O Homem só utiliza 10% da Capacidade de seu Cérebro. Será?

A teoria de que o homem utiliza apenas 10% da capacidade de seu cérebro está no trabalho do psicólogo americano Willian James que afirmou usarmos pequena parte de nossas capacidades físicas e mentais, ideia  essa corroborada por Karl Lashley, que demontrou que ratos podiam reaprender algumas tarefas após retirada de parte de seus cérebros. Especula-se que Albert Einstein tenha feito esta teoria, entretanto, neurologistas afirmam que ele jamais disse isso.

Um neurônio pode fazer contato com aproximadamente 20 mil neurônios, e este pode também receber contato de aproximadamente mais 20 mil neurônios estando cada célula envolvida com aproximadamente 40 mil outras. (Isso pode ser quantificado). Como temos cerca de 100 bilhões de neurônios, com cada um podendo comunicar-se com 40 mil outros, algumas pessoas afirmavam ser esta uma análise combinatória que tende ao infinito, e que assim foi entendido que o cérebro humano tem muito mais capacidade do que toda a capacidade que utilizamos nossa vida inteira para crescer, ler, falar, andar, raciocinar...  Mas esta é uma visão muito simplista acerca do cérebro.


Hoje, com os avanços tecnológicos e a capacidade de estudar mais profundamente o cérebro, através de exames de imagem, principalmente exames funcionais, essa teoria já caiu por terra. O nosso cérebro funciona de forma integrada, utilizando várias áreas, para distinguirmos coisas muito simples do nosso dia-a-dia, como reconhecer se uma pessoa está feliz ou triste pela expressão facial, tom de voz, postura corporal...

Através das técnicas de imagem do cérebro em atividade, descobriu-se não haver áreas ociosas. O que pode ocorrer é que, como algumas funções estão relacionadas à áreas específicas do cérebro,não utilizamos 100% do cérebro em 100% do tempo,mas o utilizamos em sua integralidade durante as diversas tarefas que realizamos. 


Podemos desmistificar esta teoria mesmo sem a utilização de exames por imagem, apenas observando que pequenos traumatismos cranianos, ou acidentes vasculares encefálicos e tumores não deveriam ter sequelas tão graves, a menos que envolvessem perda cerebral dos 10% de massa encefálica utilizada. 

Mesmo que fosse tentado argumentar que esses 10% de utilização não referem-se ao volume de massa encefálica utilizada, mas a outros índices, como velocidade de processamento e condução de impulsos nervosos, ou capacidade de memória, mas não existe, hoje, nenhuma forma de quantificar a eficiência do cérebro, tratando-se de meras especulações quaisquer tentativas desse tipo de quantificação.


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