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novembro 16, 2012

Por Unanimidade, TST Respalda Atuação do Fisioterapeuta como Perito Judicial


Perícia Técnica realizada por fisioterapeuta do trabalho não leva a cerceamento de defesa

20/04/2012 - A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), por unanimidade, não conheceu (rejeitou) o recurso apresentado pelo Banco Safra S.A. pelo qual buscava a declaração de nulidade de uma perícia técnica que teria ajudado a comprovar o nexo de causalidade entre as atividades desenvolvidas por um bancário e a sua doença ocupacional.
Em seu pedido inicial na reclamação trabalhista ajuizada em busca de reparação, o bancário descreveu que em função de suas atividades teria desenvolvido LER/DORT nos ombros braços e punhos. Após ter suas atribuições modificadas pelo banco apresentou piora em seu quadro clínico, vindo a se licenciar por ordens médicas por oito dias. Após um período nessa situação acabou sendo dispensado pelo banco.
O laudo contestado fora expedido por uma fisioterapeuta do trabalho devidamente registrada no Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) de Pernambuco (PE). No caso conforme consta da decisão regional a fisioterapeuta havia sido nomeada pelo juiz para verificação do nexo de causalidade a pedido do próprio banco para complementação de provas.
O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE) não acatou o pedido do banco. Segundo o acórdão regional a profissional estava inscrita no COFFITO e, portanto, habilitada para analisar e emitir relatórios e pareceres de análise ergonômica, bem como estabelecer o nexo de causalidade para distúrbios de natureza funcional conforme disciplina aResolução nº 259/03 do conselho profissional. No caso, a fisioterapeuta havia sido nomeada para complementar a prova existente nos autos que já continha exames e laudos médicos, emissão de CAT e concessão do benefício previdenciário.
O acórdão Regional destacou que o laudo emitido pela fisioterapeuta como forma de prova pericial serviu apenas como um dos elementos utilizados na formação do livre convencimento do juiz já que o caso se tratava de doença profissional relacionada com a possibilidade de ausência de medidas preventivas no ambiente de trabalho.
Nas razões apresentadas no recurso de revista o banco sustentou que a decisão regional havia violado o artigo 5º, LIV e LV, da CF. Para a defesa do banco o nexo de causalidade não poderia ser atestado pela profissional de Fisioterapia do Trabalho, por não ter esta capacidade e habilitação técnica para ajudar o juiz a formar seu convencimento. Com estes argumentos pedia a nulidade da perícia por cerceamento de defesa.
O ministro relator Aloysio Corrêa da Veiga observou que segundo consta do acórdão regional ficou comprovado que foram utilizados outros meios de prova, além da perícia para o convencimento motivado do juiz. Dessa forma, em virtude do princípio do livre convencimento motivado do juiz, não entendeu como violados os princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal alegados.
 (Dirceu Arcoverde)                          
O TST tem oito Turmas julgadoras, cada uma composta por três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, as partes ainda podem, em caso de divergência jurisprudencial, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1).



O Fisioterapeuta é profissional especialista em movimento humano, conhecedor da normalidade e da anormalidade da cinesiologia e biomecânica humanas, reconhecidamente profissional capaz de atuar na área ocupacional.(De acordo com a resolução do COFFITO 259/03).
O Fisioterapeuta é o único profissional que possui em sua grade curricular as disciplinas de Patologia Humana, Cinesiologia, Ergonomia e Biomecânica.
De acordo com a resolução do COFFITO 385/2010 e CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), do Ministério do Trabalho, é explicitado ao Fisioterapeuta no quadro "Estabelecer Diagnóstico Fisioterapêutico", a competência em estabelecer nexo técnico em diferentes áreas de especialidade, a saber: emitir relatórios, pareceres técnicos, atestados e laudo do nexo cinesiológico funcional, ergonômico e de atividade laboral.

Bela vitória da nossa classe profissional! Parabéns para nós...

setembro 13, 2012

Mochila Escolar: Os Riscos para Saúde

É muito grande o número de crianças e adolescentes com queixa de dor na coluna (em qualquer altura). Em grande parte, essas dores são ocasionadas por inadequação no uso da mochila, seja por excesso de peso, forma de uso incorreta ou mesmo modelo incorreto. Ao longo de vários anos na escola, esse problema torna-se crônico, muitas vezes persistindo na vida adulta. Com a estrutura óssea em formação, podem  ocorrer lesões irreversíveis. A utilização da mochila de forma inadequada pode provocar escoliose (curvatura lateral na coluna), tensão muscular e dor e protrusão dos ombros.
Como utilizar a mochila de forma adequada:

O peso da mochila não deve exceder 10% do peso da criança ou adolescente. Observem que não é permitido que se leve 10% do peso dentro da mochila, ma vez que a mochila tem o seu peso. A mochila deve ser posicionada nas costas, próxima ao corpo, com as duas alças passadas nos braços, mais ou menos na altura da cintura. Sua utilização com a alça mais baixa (os adolescentes gostam de utilizar as mochilas bem baixas), faz com que a mochila fique mais afastada do corpo pendendo o peso para trás, o que faz com que haja contração da musculatura continuamente para alinhar o corpo provocando fadiga muscular. 

O ideal é que a mochila tenha alças largas e acolchoadas e cinto abdominal, pra distribuir melhor o peso. Deve-se colocar o conteúdo mais pesado próximo das costas, evitando que ele realize força para trás. Carregar a mochila pendurada em um só ombro, bem como mochilas estilo bolsa lateral, não é recomendável.

O ideal é que sejam utilizados cadernos de matérias individuais, que permitem que o aluno carregue somente o material do dia, evitando peso extra. (Mesmo quando é possível colocar todas as matéria em um único caderno, algumas matérias terminam primeiro, forçando os alunos a carregar peso desnecessário quando precisarem acrescentar mais cadernos, tendo que carregar o peso de cadernos não utilizados). 

A Mochila de Rodinhas
Muitas mães compram esse tipo de mochila para seus filhos pensando estar protegendo suas colunas. Mas não é bem assim. Para puxar a mochila de rodinhas o aluno precisa fazer força nos ombros, braços e também na coluna. O desequilíbrio biomecânico provocado pela mochila de rodinhas também é grande, uma vez que os aluno utilizam somente o lado dominante para puxá-las, provocando desequilíbrio de força muscular, ficando o lado utilizado para puxar a mochila mais forte, causando alterações posturais. Isso sem contar no risco de lesão quando as crianças resolvem correr puxando este tipo de material. Subir escadas também é um grande incômodo para quem utiliza esse tipo de mochila, além de geralmente serem mais pesadas do que as convencionais e de ser carregado mais peso nesse tipo de mochila.  
Se esse foi o modelo de mochila escolhido, o ideal é que a mochila seja empurrada, e não puxada, ou no mínimo que sejam alternados os lados para carregar a mochila (cada dia carregar a mochila de um lado).



A dor nas costas não aparece de uma hora para outra, não apresentando causa única. É importante adequar a mochila, assim como a postura durante as aulas (aqui no blog já foi postado um artigo ensinando como se sentar de forma correta: http://www.fisioterapiasemmisterios.blogspot.com.br/2012/09/postura-sentada-grande-vila.html), sem esquecer da prática de atividades físicas, que é sempre importante!


setembro 12, 2012

Ginástica Laboral

Ginástica Laboral (GL) é o exercício físico orientado por profissional, realizado durante o expediente de trabalho, visando a recuperação e manutenção da qualidade de vida do trabalhador, com finalidade de preparar o organismo para o início da jornada de trabalho ou compensar o trabalho muscular. Existe uma divisão didática da ginástica laboral em duas categorias:


1. Ginástica Laboral Preparatória

São exercícios realizados pelos colaboradores no próprio local de trabalho, antes do início ou nas primeiras horas do trabalho. (Às vezes existe impossibilidade de implantar a ginástica laboral em todos os setores antes do início da jornada de trabalho, porém a sua realização logo no início do turno não a descaracteriza como preparatória.). para tal são realizados exercícios de aquecimento e alongamento específicos para determinadas estruturas exigidas durante a atividade laboral, aquecendo a musculatura e despertando o corpo reduzindo acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e reduzindo o absenteísmo.

2. Ginástica Laboral Compensatória

Também conhecida como ginástica laboral de pausa, são exercícios realizados no meio do expediente de trabalho que visam relaxar a musculatura solicitada durante a atividade laboral através de alongamentos e de contração de seus antagonistas. Essa ginástica também atua como fator psicológico, quebrando a rotina, despertando o trabalhador e desta forma prevenindo acidentes de trabalho.

Objetivos do Programa de Ginástica Laboral

  • Prevenção de LER (Lesão por esforços repetitivos) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho);
  • Melhorar a atenção durante o trabalho;
  • Diminuir o número dos acidentes de trabalho;
  • Diminuir o absenteísmo;
  • Melhorar a condição física geral;
  • Prevenir a fadiga muscular;
  • Aumentar o ânimo e a disposição para o trabalho
  • Melhorar a qualidade de vida;
  • Promoção da saúde;
  • Promoção da consciência corporal; 
  • Melhora do relacionamento interpessoal.

O sucesso do programa de ginástica laboral depende de profissionais capacitados para a elaboração e aplicação de tais programas, sendo importante dominar os princípios fisiológicos básicos referentes às transformações ocasionadas pela atividade física sobre o sistema musculoesquelético, conhecer a biomecânica da atividade laboral e compreender a maneira como o exercício pode atuar nos diferentes sistemas do organismo.


Se a empresa onde você trabalha não tem um programa de ginástica laboral, você pode procurar um fisioterapeuta, que estará apto para indicar quais os melhores exercícios preparatórios e de pausa para o seu trabalho.


PREVENIR É A MELHOR SOLUÇÃO!!!





setembro 11, 2012

Como Prevenir a Dor nas Costas

O termo dor nas costas refere-se a dor na região cervical, torácica e lombar, que não estão relacionadas à infecções, tumores, fraturas ou alguma doença sistêmica. A maior causa de dor nas costas são posturas incorretas e movimentos inadequados. Na maioria dos casos, nunca se chega a um diagnóstico preciso, tendo vários fatores de risco associados, como má postura, biomecânica anormal, microtraumas, esforço repetitivo, condicionamento físico ruim... A dor nas costas pode ter origem ligamentar, discal, óssea, muscular ou neural.



Prevenção: 
A coluna vertebral pode armazenar traumas ao longo do tempo e geralmente quando os sintomas aparecem a coluna pode estar com um grau considerável de alteração. Se você já sente dor nas costas, deve tomar algumas medidas para proteger a sua coluna, e se você não tem dor nas costas, deve preveni-la. Pessoas que precisam ficar muito tempo de pé ou sentadas tem grande probabilidade de adquirir dor nas costas.

Como Sentar:
A posição sentada é a mais adotada para trabalho e lazer. Até durante as refeições estamos sentados e nessa posição provocamos uma sobrecarga na coluna. Considerando que todos nós passamos um período considerável sentados, temos grande potencial para desenvolver dor nas costas, sendo assim, devemos preveni-la de tantas formas quanto possível.
Primeiramente devemos nos sentar bem, em uma cadeira adequada ao nosso biotipo. Isso mesmo! Para cada pessoa existe uma dimensão de cadeira adequada. Ao sentar, devemos ter os dois pés apoiados no chão, ou quando não é possível colocar um apoio para os pés. A cadeira deve ter apoio para os antebraços, e a região posterior do joelho deve permanecer libre, sem contato direto com o assento, e o joelho e a coxa formando um ângulo de 90º. As bordas anteriores do assento devem ser arredondadas. Para situação de trabalho, as costas devem estar sempre apoiadas, com apoio levemente inclinado para trás, e se necessário utilizar apoio lombar para manter a curvatura natural da coluna. O assento deve ser firme para que a pessoa não afunde nele. Ao levantar-se inclinar o corpo para frente sem tensionar os músculos do pescoço e costas, e estender os joelhos enquanto leva o tronco para frente e para cima até chegar na posição em pé.


No escritório fique sempre atento. Evite locomover-se com cadeira de rodinhas se torcendo para pegar objetos. Prefira levantar-se e andar usando bons padrões de movimentos para abaixar e apanhar objetos altos. Ao atender o telefone, não o segure com o ombro; pare o que está fazendo enquanto fala ao telefone. Mantenha a mesa organizada, com os objetos mais usados ao seu alcance. Para quem usa computador, muito cuidado para não adquirir posturas inadequadas. Aqui valem as mesmas regras para se sentar, mas quem trabalha na frente do computador, deve utilizar apoio para os punhos, que reduzem o trabalho da musculatura dos ombros e antebraços. Abaixo estão as distâncias e postura adequada para quem trabalha com computador:


Ao Dormir:
Boa parte da nossa vida passamos dormindo, de forma que devemos dar atenção especial ao colchão, travesseiro e posição que dormimos.  O colchão deve ser duro o suficiente para aguentar o peso do corpo e não comprimir as saliências ósseas. Os colchões devem ser escolhidos de acordo com o peso da pessoa. Para cada peso existe uma densidade adequada. 




O travesseiro deve ter uma altura suficiente para manter a coluna cervical apoiada com a coluna torácica, variando de altura para a mesma pessoa de acordo com a posição na qual dorme. 
Podemos dormir de lado, com travesseiro na altura recomendada, e um travesseiro entre os joelhos, mas é importante ressaltar que não se deve jogar a perna de cima para frente do corpo, realizando rotação do tronco.
A posição fetal também não é boa, pois provoca hiperflexão da coluna e aumenta a tensão nos discos intervertebrais.

Dormir com um braço embaixo do travesseiro também é inadequado e pode comprometer a circulação também comprimir os nervos que vão para os braços.

Podemos adotar a postura de barriga para cima para dormir, desde que seja colocado um travesseiro ou rolo embaixo dos joelhos e seja usado um travesseiro que respeite a curvatura fisiológica da coluna. Os braços podem ficar ao longo do corpo ao em cima do abdômen, nunca acima da cabeça.

Dormir de barriga para cima com travesseiro muito alto ou sem travesseiro é prejudicial para a coluna.

DORMIR DE BARRIGA PARA BAIXO É SEMPRE PREJUDICIAL PARA A COLUNA.

Levantar-se é tão importante quanto deitar. Levante devagar girando o corpo para o lado e leve as pernas para fora da cama, sentando-se primeiro. 
Levantando Peso:
Sempre dobrar os joelhos quando for retirar um peso do chão. Trazer o peso para próximo do corpo e erguer-se para cima.

Durante Atividades Diárias:

Mochilas devem ser colocadas com as alças nos dois braços, nunca de um lado só. As sacolas devem ter o peso dividido dos dois lados.

Se precisa ficar muito tempo agachado, flexione o joelho ou utilize um banquinho para sentar.

Durante as atividades domésticas procure sempre manter a boa postura, adequando a altura do mobiliário, como a tábua de passar, alongando os cabos das vassouras e rodos para evitar dobrar a coluna e sempre dobrar os joelhos quando precisar abaixar. Evite ao máximo dobrar a coluna.  Também não realize movimentos de torção com a coluna. E sempre use um banquinho quando precisar colocar ou retirar algum objeto de um local alto.


Mas se já estiver sentindo dor, um FISIOTERAPEUTA poderá auxiliá-lo, oferecendo tratamento adequado e orientando-o com os exercícios mais adequados para o seu caso.


CUIDE-SE!!!








setembro 09, 2012

A Etiologia das LER/ DORT

As LER/ DORT tem etiologia multifatorial, abrangendo inclusive hábitos diários e causas psicossociais, entretanto, o esforço repetitivo, (seja dinâmico ou estático), geralmente está associado à lesão. Alguns mecanismos são conhecidamente fatores que desencadeiam as chamadas LER/DORT, sendo que geralmente encontramos mais de um destes fatores, corroborando com o aparecimento da doença:



1. Grau de Adequação do Posto de Trabalho

Postos de trabalho que não possuem dimensões ergonômicas podem provocar constrangimento postural, obrigando o trabalhador a adotar posturas inadequadas durante a realização de sua atividade laboral, podendo ser fator agravante ou mesmo causador de lesões.

2. Frio Excessivo

Considera-se frio excessivo temperaturas abaixo de 13°C. Nessas temperaturas, para evitar que o organismo perca calor e entre em hipotermia, a musculatura permanece em estado de contração isométrica, o que pode ocasionar pinçamento de vasos sanguíneos, diminuindo a oxigenação dos tecidos e aumentando a quantidade de toxinas, deixando o tecido mais susceptível à lesão. Pode ocorrer também o pinçamento de nervos provocando dores e parestesias.

3. Vibrações

As vibrações provocadas por equipamentos promove sobrecarga nas estruturas osteomusculares pois o trabalhador necessita aumentar a força de contração muscular para manutenção da postura.

4. Compressão Local

É a compressão provocada por contato direto de algum segmento corporal com alguma estrutura do posto de trabalho, o que acarreta diminuição da circulação diminuindo a oxigenação dos tecidos e aumentando a quantidade de toxinas, deixando o tecido mais susceptível à lesão. Pode ocorrer também o pinçamento de nervos provocando dores e parestesias.

5. Posturas Inadequadas com Limites Excessivos de Amplitude Articular

Posturas que dependem de movimentações em amplitudes de movimento extremas geram sobrecarga osteomuscular que favorece o aparecimento das LER/ DORT, por trabalhar próximo ao limite articular fisiológico.

6. Ação da gravidade

A força da gravidade pode atuar como carga suplementar, aumentando as chances de lesões.

7. Carga Osteomuscular

Pode ser entendida como carga mecânica, decorrente da força desprendida para avaliação da tarefa, a repetição, a repetição, intensidade e tempo da atividade, sendo que, quanto maior a sobrecarga, maior o risco de lesão.

8. Contração Isométrica

As contrações isométricas provocam pinçamentos de vasos, diminuindo a oxigenação dos tecidos e aumentando a quantidade de toxinas, deixando o tecido mais susceptível à lesão. Pode ocorrer também o pinçamento de nervos provocando dores e parestesias.

9. Invariabilidade da Tarefa

Esta implica em monotonia psicológica e/ou fisiológica, fazendo com que o trabalhador diminua a sua atenção e consequentemente aumente as suas chances de sofrer um acidente de trabalho.

10. Exigências Cognitivas e Pressão Profissional

Situações que exigem grande concentração ou aquela em que se exige cumprimento de metas geram um nível de estresse capaz de provocar tensão muscular, podendo ser fator causador das LER/ DORT pelo ciclo dor/ Espasmo, onde o espasmo muscular provoca dor, que por sua vez provoca mais espasmo... produzindo tensão suficiente para comprimir vasos diminuindo a oxigenação dos tecidos e aumentando a quantidade de toxinas, deixando o tecido mais susceptível à lesão. Pode ocorrer também o pinçamento de nervos provocando dores e parestesias.



O Fisioterapeuta do Trabalho está apto a atuar em todas as esferas de prevenção das LER/ DORT, e com a ajuda deste profissional ela pode ser prevenida, ou mesmo tratada precocemente, diminuindo assim a extensão da lesão e os índices de absenteísmo e afastamentos. Esse profissional também trata os casos mais graves de LER/ DORT, restabelecendo a funcionalidade do indivíduo quando possível , ou adaptando-o em outra função, onde não seja submetido a estímulos nocivos à lesão apresentada.  

FISIOTERAPEUTA... CUIDANDO DE VOCÊ...

Síndrome do Desfiladeiro Torácico em Dentistas

A Síndrome do Desfiladeiro Torácico (SDT)

É uma patologia que afeta o ombro, braço e mão. A área onde os nervos e vasos deixam o pescoço e seguem para os membros superiores é conhecida como desfiladeiro torácico.  A Síndrome do Desfiladeiro Torácico define uma série de sintomas de amortecimento (formigamento), sensação de peso, dor e/ou frigidez que podem ocorrer isoladamente ou em conjunto nos membros superiores (braço, antebraço, mão) e, eventualmente, no ombro ou região lateral do pescoço. Pode ocorrer também, ainda que raramente, na mandíbula e região retroauricular.

Existem provavelmente várias causas para a SDT, causando compressão dos nervos e artérias do braço na saída torácica. A SDT pode ocorrer devido a uma costela supranumerária na região cervical, acidente automobilístico ou até mesmo por cicatrização de fratura de clavícula, que pode reduzir o espaço onde as artérias e nervos passam. 
Ocorre dor (que pode ser interna, no osso), amortecimento (formigamento), dormência no braço, antebraço, mão e dedos, podendo ocorrer isoladamente ou de forma combinada em um ou mais desses locais. Isso ocorre geralmente quando a pessoa estica e eleva ou braços acima da cabeça por alguns minutos (ex: para trocar uma lâmpada, pintar uma parede, pentear os cabelos, ou ao dormir com o braço para cima, etc). Pode ocorrer em apenas um ou nos dois braços. A dor e o amortecimento podem atingir a região cervical (pescoço), mandíbula e região occipital (lateral da cabeça). Eventualmente pode haver extremidades frias ou edema (inchaço) no ombro. Os sintomas se iniciam geralmente entre 20 e 50 anos de idade ou após uma fratura de costelas ou clavícula. As mãos podem ficar azuladas ou roxas, o que ocorre devido à associação dessa síndrome com o fenômeno de Raynaud. Também pode ocorrer associação com hiperidrose das mãos.

Os nervos, artérias e veias que vão para os braços se originam ao nível da coluna, na região cervical (pescoço). A partir daí, passam pelo estreito torácico superior até atingir os dedos. Essa síndrome caracteriza-se por haver compressão (ao nível do estreito torácico superior) dessas estruturas, geralmente devido à posição errônea da primeira costela ou à presença de uma costela cervical ou pontes fibrosas entre os músculos escalenos. Outra causa pode estar relacionada a complicações após uma fratura de clavícula (com formação de calo ósseo), etc.

Como ela ocorre em Dentistas



A prática da odontologia pode ser associada com algumas doenças musculoesqueléticas, dentre elas a SDT devido ao desgaste físico do Cirurgião Dentista no exercício da profissão. Regiões muito sobrecarregadas por esforço muscular estático são a cervical e os ombros, pois o cirurgião-dentista, geralmente, mantém os ombros  na posição de flexão e abdução, para servir de base de sustentação para os movimentos precisos realizados  pela mão juntamente com a cintura escapular, o que  provavelmente potencializa o risco de desenvolvimento  da SDT.
A posição típica desta profissão caracteriza-se ainda por manter os membros superiores suspensos, rotação do tronco e flexão da cabeça, forçando a musculatura cervical, escapular e toracolombar.  Esta postura, de forma repetitiva, tende a provocar fadiga nas estruturas envolvidas na sua manutenção, podendo gerar lesões agudas ou crônicas nas mesmas. Dentre as lesões do aparelho locomotor e neurais relacionadas às DORT's, a síndrome  do desfiladeiro  torácico  (SDT)  foi  detectada  como sendo uma das patologias de maior frequência em acometimento desta classe profissional.






Para obter uma melhor visualização do campo de trabalho (a boca do paciente), o cirurgião dentista realiza a anteriorização da  cabeça,  somando-se  a  uma  posição  prolongada  dos  membros  superiores  em elevação, com a finalidade de sustentação dos seus utensílios  de trabalho,  provocando  dores  na região  cervical e na região do ombro. Regiões muito sobrecarregadas por esforço muscular estático são a cervical e os ombros, o que provavelmente potencializa o risco de desenvolvimento da SDT.

A postura realizada pelo cirurgião dentista determina um trabalho muscular predominantemente estático caracterizando-se por contração prolongada da musculatura, a qual sofrerá um processo de fadiga, comprimindo as estruturas que passam pela região conhecida por desfiladeiro torácico, podendo evoluir para dores insuportáveis.



A Fisioterapia pode tratar os sintomas da SDT e recuperar a qualidade de vida do cirurgião Dentista.


setembro 08, 2012

Diferenças entre LER e DORT

As LER (lesões por esforços repetitivos) e  DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho), são frequentemente utilizadas como sinônimos e apesar de poderem ser empregadas como tal na maioria das vezes, possuem significados distintos.
As LER tem início insidioso e causa multifatorial, e sempre está associada ao esforço repetido, embora nem sempre estejam relacionadas a movimentos repetitivos. Relaciona-se com a sobrecarga musculoesquelética de determinada estrutura, que pode ocorrer devido aos movimentos repetitivos, durante a manutenção da postura estática que exige contração isométrica por tempo prolongado ou mesmo por atividades distintas que exigem trabalho do mesmo grupo muscular. Nem sempre estão relacionadas ao trabalho, podendo ter causas extra-laborais. Já as DORT podem ocorrer devido a evento único que afete o seistema musculoesquelético, não dependendo de repetição para o seu aparecimento, entretanto estão sempre relacionadas à atividade laboral.

Perícia Judicial para Fisioterapeutas

O Fisioterapeuta pode atuar em perícias tanto trabalhistas quanto cíveis, auxiliando a Justiça quando há necessidade de elucidar a existência de nexo causal com a doença previamente diagnosticada, para avaliar a capacidade funcional do indivíduo ou mesmo para verificar o cumprimento da norma regulamentadora n° 17 (NR-17) do Ministério do Trabalho.
Por definição, perícia é o exame de situações ou fatos referentes a pessoas ou coisas, praticado por especialista na matéria que lhe é submetida com o objetivo de solucionar dúvidas de caráter técnico. O Perito Judicial é nomeado pelo Juiz e da confiança deste, sendo, inclusive, denominado de "olhos e ouvidos" do Juiz.

O Fisioterapeuta atuando em Perícias Trabalhistas:

A atuação do Fisioterapeuta nas perícias trabalhistas se dá quando existe a necessidade de estabelecer nexo causal entre a doença apresentada pelo trabalhador e sua atividade laboral, ou seja, se o seu trabalho foi o causador da doença apresentada. O Fisioterapeuta fará também a avaliação da capacidade funcional do trabalhador, quantificando-a com o auxílio de ferramentas ergonômicas científicas, não deixando margem para subjetividade. O valor da incapacidade funcional apresentada relaciona-se diretamente com o valor da indenização. Por fim, o Fisioterapeuta deverá, quando solicitado, avaliar o cumprimento da NR-17, verificando se a empresa adotou ou não medidas que pudessem prevenir a doença apresentada.
É importante ressaltar que para atestar o nexo causal, é imprescindível o conhecimento da Cinesiologia e da Biomecânica corporal e também de Patologia, a fim de que se possa relacionar a doença apresentada com a atividade laboral exigida, sendo o Fisioterapeuta o único profissional que possui as três disciplinas em sua grade curricular.

O Fisioterapeuta atuando em Perícias Cíveis

A atuação do Fisioterapeuta atuando nas perícias cíveis se dá quando há necessidade de quantificar a capacidade laboral do indivíduo e ocorre quando há, por exemplo,  um acidente fora do ambiente de trabalho, provocado por uma terceira pessoa. Quantificar a capacidade funcional de um indivíduo é tarefa extremamente difícil, pois a mesma apresenta causas multifatoriais, e devem ser levados em conta a capacidade física, intelectual e socioeconômica, podendo pessoas coma mesma lesão apresentar valores de capacidade funcional muito diferentes entre si, necessitando da avaliação do indivíduo como um todo e não somente de acordo com o segmento corporal que encontra-se lesionado. 

setembro 06, 2012

Saúde e Qualidade de Vida do Trabalhador

O Taylorismo, que também ficou conhecido como Teoria da Gestão Científica ou Organização Científica do Trabalho, tinha como grande objetivo aumentar a produtividade através de um sistema  da aplicação de métodos científicos, colocando a ênfase no uso da ciência e na criação da harmonia de grupo.  Com isso, ocorreu o que se pode chamar de adaptação do homem à máquina.  É um modelo puramente capitalista, o qual pode ser descrito na frase: “Tempo é dinheiro!”. O Taylorismo ajudou no crescimento industrial, mas hoje está desacreditado porquanto favorecia o aparecimento de lesões e doenças ocupacionais.

A qualidade de vida do trabalhador (QVT), e não do trabalho, leva em conta não somente o local de trabalho e o trabalho executado, propriamente dito. Abrange o trabalhador como um todo, que necessita suprir suas necessidades para que possa produzir mais e melhor, e possa aproveitar o seu tempo fora do trabalho para outras atividades que lhe são importantes e prazerosas. Não inclui, portanto, aspectos unicamente relacionados à saúde do trabalhador, mas também a componentes como o trabalho, lazer e família. A QVT é subjetiva, isso é, não existe uma fórmula ou conceito que se aplique universalmente, mas sim a percepção individual de cada trabalhador em relação a satisfação ou não de suas necessidades, como salário capaz de atender seus anseios , lazer, ambiente de trabalho, tempo com a família dentre outros, sendo que não podem ser observadas separadamente, visto que elas são interligadas, respondendo conjuntamente pela QVT.

Hoje as empresas buscam a Qualidade Total para se destacarem. Esse conceito que primeiramente foi associado à adequação das especificações do produto, mais tarde passou a integrar também e principalmente a satisfação do cliente, (o que está intimamente ligado à qualidade do produto). Hoje se compreende que para atingir a qualidade total faz-se necessária não somente a satisfação do cliente, mas de todos que são importantes para a empresa, incluindo além dos clientes os funcionários, a comunidade, os acionistas, os fornecedores...

Podemos perceber que a QVT para as empresas está mais ligada ao aumento da produtividade, ( maior qualidade de vida= mais motivação= maior produção), sendo que o trabalhador não vem sendo, apesar de tudo, visto como ser humano, mas como parte integrante do processo de produção, devendo para tal produzir o máximo possível, ainda que isso signifique redução de sua qualidade de vida.

A partir da década de 80, entretanto, começa a haver um aumento das ditas doenças ocupacionais, que levam ao afastamento do trabalho, por vezes permanente.  Isso começa a trazer prejuízos tanto para as empresas quanto para os órgão públicos, forçando o Governo a pensar em políticas públicas que visam resguardar a saúde do trabalhador, através do SUS (Sistema Único de Saúde), criado através da Constituição Federal de 1988, e regulamentado pela Lei Orgânica da Saúde (LOS), em seu artigo 6°, e através de Normas Regulamentadoras, as NR´s, normas essas que não vem sendo cumpridas pelas empresas.

Para que haja de fato a QVT, é preciso adequar a máquina ao homem, e não o contrário. O trabalhador precisa ter suas individualidades levadas em consideração, como ritmo de trabalho, mobília, pausas durante o trabalho, jornada de trabalho adequada, etc., para que o trabalhador tenha satisfação e orgulho do seu trabalho, diminuindo assim o estresse mental. As empresas necessitam de instituir programas QVT, visando promover a saúde do trabalhador, com ações de prevenção, bem como restaurar a sua saúde quando necessário.

As empresas devem ter programas de apoio à prevenção de acidentes do trabalho, como: Comissão Interna de prevenção de Acidentes (CIPA); Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO- NR7); Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA- NR9); Programa de Condições e Meio Ambiente de trabalho na indústria da Construção (PCMAT-NR18/3214), podendo por meio desses programas identificar quais são os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos e adotar as devidas medidas preventivas para resguardar a integridade do trabalhador.

Mas é importante salientar que não se pode prever e prevenir todos os acidentes e todas as lesões relacionadas ao trabalho, e mesmo as ações preventivas não serão sempre eficazes, justamente pelo fato de os indivíduos apresentarem características próprias e individuais, com o organismo também respondendo, portanto, de forma individualizada tanto às condições de trabalho a que é submetido quanto às medidas preventivas, isso é, o que provoca uma lesão ou a previne em um indivíduo, não necessariamente produzirá o mesmo efeito em outro.

Ergonomia X Taylorismo

A Ergonomia é a ciência do conforto e é através dela que procuramos assegurar uma boa adaptabilidade entre o homem e seu trabalho, seus equipamentos, seu ambiente físico, suas ferramentas e outros fatores que cercam seu sistema de trabalho. Surgiu em função da necessidade do ser humano aplicar menos esforço físico e mental, nas atividades diárias. A ergonomia preza a integração do trabalhador ao seu local de trabalho com conforto, segurança e a máxima eficiência sem que haja sobrecarga e prejuízos à sua saúde.

O enfoque ergonômico tradicional é baseado no princípio da redução das exigências biomecânicas no intuito de minimizar a fadiga física, ou seja, leva em consideração os limites e capacidades do indivíduo do ponto de vista da biomecânica ocupacional e as características antropométricas dos usuários/ operadores. No enfoque ergonômico tradicional o posto de trabalho é considerado um prolongamento do corpo humano, visto que este trata apenas dos fatores físicos do posto de trabalho. O enfoque ergonômico tradicional é aplicado na concepção e/ou adaptação de postos de trabalhos tradicionais.
O enfoque ergonômico global segue os mesmos princípios do enfoque ergonômico tradicional, abrangendo ainda os aspectos psicológicos e cognitivos do indivíduo, bem como, os sistemas de produção (incluindo os hardwares e softwares). No enfoque ergonômico global, o posto de trabalho é considerado um prolongamento do corpo e da mente humana, pois trata além dos fatores físicos do posto de trabalho, os aspectos cognitivos ( na interface homem x máquina e processo de produção ), bem como, as relações pessoais e motivacionais no ambiente de trabalho. O enfoque ergonômico global é aplicado na concepção e / ou adaptação de postos de trabalho e/ou ambientes de trabalho informatizados e automatizados em ambientes industriais e administrativos.
O Taylorismo, ao contrário, não leva em consideração as características físicas e psicológicas dos usuários / operadores, muito menos, as necessidades individuais dos mesmos. O Taylorismo, que também ficou conhecido como Teoria da Gestão Científica ou Organização Científica do Trabalho, tinha como grande objetivo aumentar a produtividade através de um sistema  da aplicação de métodos científicos, colocando a ênfase no uso da ciência e na criação da harmonia de grupo. A aplicação da ciência à gestão teve como instrumento básico o estudo exaustivo dos tempos e movimentos que permitiu a racionalização dos métodos de trabalho e a fixação dos tempos-padrão para a execução das tarefas. Esses são alguns dos princípios do Taylorismo:

- Cada tarefa deve ser decomposta em operações elementares, as quais devem ser posteriormente redefinidas, alteradas ou suprimidas para que o trabalho seja executado no menor tempo possível - é este o princípio básico da Organização Científica do Trabalho.

- Para cada tipo de tarefa, cada operário deve ser corretamente selecionado e treinado de forma que o seu trabalho seja executado à “melhor cadência possível”.

- O salário deve ser calculado com base num sistema de tarifas diferenciadas e conforme o desempenho obtido; deve crescer até à “cadência ótima”, decrescendo a partir daí por forma a evitar a ocorrência de quebras na qualidade.

-Os supervisores e seus subordinados devem atuar na mais perfeita coordenação para  o benefício de todos.

- Cada operário e cada gestor da organização deve ser colocado na tarefa na qual obtém melhores resultados.

O Taylorismo através da super-fragmentação do trabalho e monotonia, cronometragem do tempo de execução das tarefas, bônus por produtividade, punição por metas não alcançadas, adequação do ritmo de trabalho ao ritmo ditado pelas máquinas, vai de encontro à ergonomia no que concerne ao bem estar do funcionário, causando tédio, problemas motores e psicológicos, fazendo com que o funcionário trabalhe com execução de movimentos repetitivos, ritmo acelerado, sem pausa e em desconformidade com o seu próprio ritmo  e adaptação do homem à máquina.

A insatisfação do funcionário ao trabalhar segundo o Taylorismo ocorre porque a satisfação depende não somente do método de trabalho e do incentivo salarial, mas também de um conjunto de condições que garantam o bem-estar físico do trabalhador e diminuam a fadiga.  O modelo criado por Taylor é o que podemos descrever na frase: “Tempo é dinheiro”. É um modelo puramente capitalista, visando somente o aumento da produtividade e dos lucros sem que se pense na saúde e no bem estar do trabalhador.

Hoje o Taylorismo está desacreditado, apesar de ter contribuído para o crescimento industrial, por tratar o homem como máquina e em certos momentos de forma inferior às máquinas, provocar problemas físicos e psicológicos nos trabalhadores e por deixar de aproveitar o que o trabalhador tem a oferecer no que diz respeito à participação do mesmo na melhoria do seu posto de trabalho e na melhor forma de execução para ele.

Postura Sentada: A Grande Vilã

Cada vez mais a postura sentada vem sendo incorporada ao nosso dia-a-dia. Permanecemos sentados em boa parte do dia, durante o trabalho, as refeições, ao assistir televisão, na sala de aula, ao andar em veículos automotivos e agora até nas filas dos bancos.

Durante a maior parte do tempo que permanecemos sentados, não temos preocupação com a postura adotada, muitas das vezes até por ter mobiliário inadequado. A postura adequada, ou ergonomicamente correta, é aquela que gera menor desconforto e gasto energético, protegendo assim todas as estruturas de seu corpo de lesões.

Quando não observada a boa postura, a posição sentada pode ocasionar muito desconforto, inclusive lesões sérias na estrutura da coluna. As principais consequências da manutenção da postura sentada por tempo prolongado em posição não ergonômica são: cervicalgia, cervicobraquialgia, dores e formigamentos nos braços e lombalgias, que podem resultar em absenteísmo e redução da capacidade de trabalho.

Os desconfortos na coluna vertebral podem ser agravados quando senta-se sem apoio na região lombar. A pressão no disco intervertebral e maior quando o indivíduo senta-se sem apoio lombar do que quando ele está de pé, devendo-se evitar essa postura. Quando há aumento da pressão intervertebral podem ocorrer problemas tais quais degeneração discal ou mesmo a hérnia de disco.

Dicas de como diminuir o desconforto na postura sentada:

  • Os pés devem estar sempre apoiados no chão, com o joelho formando um ângulo de 90 graus. Se isso não for possível deve-se optar por um suporte para os pés.  
  • Não manter as pernas cruzadas, pois esta postura compromete a circulação sanguínea.
  • O apoio do braço é extremanente importante, e deve ser colocado na mesma altura da mesa, para que evite tensão muscular desnecessária, auxiliando, inclusive o levantar.
  • Mantenha sempre o contato das costas com o encosto da cadeira.
  • A organização do ambiente de trabalho é muito importante. Não coloque objetos embaixo da mesa que o impeçam de chegar a cadeira mais próxima da mesa e deixe os objetos mais utilizados posicionados ao alcance das mãos, de forma que não precise de flexionar o tronco para aumentar a área de alcance.
  • E sempre que possível, faça uma pausa em seu trabalho e levante-se. Se possível movimente-se um pouco nesse período.
Como sentar-se na cadeira: 

Como senta-se ao dirigir:

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